Dores no prelúdio

 

Nos mais divergidos momentos

Nessa boa e droga de vida

E com isso também vai o tempo

Por nessa privarem d' eu ser pessoa atrevida.

 

Bons e maus contatos tivemos

Nos entre tempos nos quais fomos nós

As amarguraras foram maiores que prevemos

Por de nós não falarmos

Enquanto à sós estivemos.

 

Pois em quase tudo que faço estou lhe vendo

Não me deixaste de com você poder falar

Isso me dói e não sei se no ar me rebento

Ou se me aguento e na espera poder ficar.

 

E chegam dores desprevinidamente

Que de falar vontade perco de vez

Por serem dores do prelúdio dos amantes

Quem me pegou

Estou com elas nesse instante.

 

E ser pessoa atrevida

Não passa o tempo

Droga de vida

Nos divergidos momentos

E como doi...

 

                       Existe uma necessidade as vezes 

                de cumplicidade que não acontece no 

        preludio de amar e inegáveis são as dores.

 

                                   Nivaldo Kokada