Não quero lembrar o meu
Leito de morte, das dores
Perdida no tempo da escravidão
que se encontrava o meu ser.
Do mundo parado na solidão
Profunda do mar envenenado
onde as lágrimas que rolavam dos meus olhos
descarregava toda a dor do meu ser.
não quero lembrar o sofrimento agudo de
quando apago as luzes do meu quarto,
E chorando às vezes da lembrança
Que motivou essa eterna solidão,
Quebrada apenas pela passagem
Sublime da ternura do ser da fotografia.
Passagem de uma vida que busca
Na esperança, em que o tempo
Passa-se na embreagem do viver.
A solidão busca espaço contradizendo
O coração que esta querendo esquecer
o ser da fotografia, que insiste em permanecer,
No caminho do meu viver.
Mais tão contrario é o caminho
Dos que buscam acalentar o vazio
Do coração... E assim, querendo apagar
Da memória a inspiração que me fez
Sonhar, desenhar, pintar,
O conto de fada que não se
Realizou... E o amor... Ainda existe,
Apesar da dor... Dor... Do desconhecido... Há coração
Que conheces a dor... Dor da rejeição... Da luta, por
Um pouquinho desse amor que vive na passagem
do tempo de um coração sonhador.
Passagem talvez comprada no sonho
Naquela rodoviária onde os corações
Esperançosos fazem parada.
Um lugar do passado onde
Encontram-se belos motivos
Para não parar de sonhar.
E a lembrança do ser inspirador
Retratado com zelo e esplendor,
Surge por entre as estrelas na noite
Invernada nas montanhas desertas
Do coração que apela por um
Pouco do seu amor.
Adriana vieira.