Um Eu taxidermizado

Os meus passos são fracos e ando aos tropeços, cabisbaixa

Não vejo saída, a não ser mergulhar no coma

Um coma induzido pela negligência de minha existência

 
Eu gostaria de lembrar quem sou, ou quem nasci para ser,
Ou quem eu deveria desejar ser
 
Apenas anseio por transbordar o que há de mais sutil em mim:
De modo concreto, algo nítido e abstrato.
 
Cada dia que se passa vivo em profundos choques com este mundo frio:
-Para me adequar, devo saber como morrer
 
(Jejum, horas de expressão catatônica, razorblades acariciando a pele, nada disso adiantou, nada levou embora ‘’aquela cor’’)