ABRAÇO

ABRAÇO
Pede-me u’amiga que eu faça um soneto,
Proponho a troca dele por um abraço...
Ela sonsa sorri dizendo não. O que eu faço?
Será, um simples e casto abraço, te prometo!
 
Os versos são feitos para toda a eternidade
E o abraço amiga dura do tempo uma fração!
Sim ela responde, mas meu tonto coração
Não responde por meus atos... e na verdade
 
Quanta coisa boa pode num abraço começar?
Faça-me apenas os versos, vamos ter juízo...
Esta conversa de abraço começou no Paraíso
E nos sabemos muito bem como vai terminar...
 
E nesse dístico o soneto prometido terminei
E o sonhado abraço, desejado... eu não ganhei
Pedro Paulo da Gama Bentes