Poemetos N . três

Poemetos N . três
 
“Esta minha língua afiada, felina,
que reza versos profanos,
também clama em silencio,
para que as dores nunca
visite a casa do meu irmão”.
 
“Hoje eu acordei sorrindo
porque ontem alguém
cuidou de mim”.
 
“Já não sinto mais o perfume das flores
nem das rosas brancas nem das vermelhas,
nenhum fato novo, um dia sem primores,
as manhãs são sisudas, frias e incolores;
o sol brilha, mas não alivia minhas dores”.
 
Nesta paisagem
rude cheia de sol
as andorinhas
festejam o dia.
Céu, sol, postes e fios,
em plena harmonia.
 
“No amor eu prefiro
postergar do que
fazer sem paixão”
 
“Posso sentir o sabor doce
da loucura fluindo dos meus poros;
e quanto a lucidez, faz-me
sentir náuseas”
 
“ A solidão pode não ser agradável,
Mas é melhor do que viver dependente
Dos outros”.
 
J.A.Botacini.

 
Setembro,2014.