PELO AMOR

 
 
Ás vezes, doce coração, tão amoroso.
Outras então, acelerado, e irreverente.
Espalhando tuas flores, as sementes.
Luzes quase apagando, ou sol lustroso.
 
 Tempo, conduzindo ao vento carregado.
 E estranhamente, então assusta a gente.
Vagando na lembrança,  vagarosamente.
E no pensamento, um coração reclinado.
 
Assim, meu coração, como secas folhas.
Filtrando o outono, longínquo e passado.
Esperanças descoloridas, tom descorado
Resquício de vinho, guardado  sem rolhas.
 
 Feito um atroz, ás vezes, sinto devorador.
Das saudosas dialogas, dentre estações.
Em tristes desavenças, tantas desilusões.
Talvez seja meu doce,coração causador.
 
Numa, tristonha conclusão, mira alterada.
 Alvejada minha vida, recolhe apreensões.
Por amor, meu coração, resiste condições.
Livres assentamentos, pondo aprisionada.
 
Pelo amor, em meu coração, eu te sinto.
Livremente fluindo, como uma água pura.
Meu antídoto, justamente também te cura.
Quando da harmonia,amor jamais extinto.