Na esperança de um dia se vestir com o real
Um sonho se sustenta no interior da ilusão
Refúgio do pensar de um tempo virtual
Expectativa vigilante que não foge a visão
Permutação de instantes, subterfúgio astral
Momentos de prata em volátil fuga à razão
Sentido inconsciente a uma liberdade total
Transcende os vitrais utópicos da reclusão
Imaginário concreto de um quadro cintilante
Em figuras que resplandecem todo tipo de cor
Penetrando-lhe a alma nua um mundo delirante
Tornando-o amante da liberdade do seu instante
Dando forma a fantasia pelo cotidiano desertor
No presente que o tateio lhe torna provocante