Queima a boca da noite
e vem da profundeza da terra.
Como tempestades de auroras
trazendo com sigo fulgurantes horas.
Com ele todos os seus sons,
gritos, ruídos e tons.
É do entrelaçar de seu tempo,
que a terra subsiste a contento.
O vale já doou suas sombras,
o céu gota a gota as toma.
É o alvorecer dançando a musica,
que faz a noite retroceder.
Vem, ele vem buscando ser sentido,
querendo ser no tempo repetido.
Como cada um de nós, bem assim,
ele não quer ver o seu fim.
Enide Santos 09/07/14