E QUANDO NO OLIMPO...
...Então olharei para ti e direi: valeu apena?
E tu me responderás:
— Entre trevas e flamas subsisti
Queimei a alma em amargo expectar depressivo
E cá estou... À porta do teu céu inferno...
... E tu dirás: Oh vem! Vedes o que fora tu.
Então te direi: Para que saber o fruto?
Quiçá mudarás o feito fatídico? Não! Deixarás então.
Então arderás entre espasmos e odores finais
Porque seria diferente do antes?
É tarde demais e de pouco seu valor.
Olharás ao olimpo e clamarás:
Ó céus e mares onde estava vós?
Que não foste presente ao réu?
Então vos direi: não agora, não agora!
Ocultai vós o ser que putrefa,
Decantai-vos e declamais vós os versos,
Só isso, nada mais! Pouco serás o valor
D`Gáudio Procópio