São tantas as sensações que embalam
Essa minha insônia consciente.
Talvez seja a tua falta
Ou a minha preguiça deste mundo.
A própria poesia contida
Nessa gota de saudade.
Nem é sono, nem alegria...
É a ausência querendo não estar.
Posso observar teu rosto,
Mas assim, distante, dá agonia.
Eu prefiro a total ignorância
Do que morder a fruta e não ter como provar.
Eu não sei se realmente este bocejo
É de sono, tédio ou melancolia.
Eu simplesmente absorvo esse teu medo
E fecho os olhos... amanhã, essa noite, já é dia.