Atina o tempo passando,
pelo muito que nos pese,
daquele ardor que tão feria,
e na verdade era só agonia.
Sinta o instante apagando,
com sua fogueira já fria,
daquele amor que havia,
diante do que nos eximia.
Perceba o agora mudando:
o chão, o céu, a melancolia,
algo que nos resistia
dessa covarde alegoria.
Veja o que não vias,
dos escombros do que fica,
a testemunhar que para amar;
nada, mas nada . . . nos restaria !!!!!!!