(Branco é a cor de tudo, escondida
Talvez apenas movida
para baixo de uma camada de Neve
Tão pura e tão leve
Mas pesa mais do que deve
No ciclo do Mundo que serve.

É o estado de calma e dormência,
de total independência
Afasta-me da loucura
Da constante censura
que perdura no meu sono
Não feliz, muito menos tristonho.

Será a cor do Bem perfeito,
da Razão, o seu deleito
um tempo para o nosso conceito,
após o corpo ter sido desfeito (?)

Esqueci-me da tortura e das correntes
Dormir não está realmente nas nossas mentes
Elas transcendem olhares e almas aparentes,
Sem direção, suspensas e dormentes!

Assim poderia pousar a minha mão
Na camada espessa de calma
sentir uma iminente explosão
um grão pequeno de vibração

uma canção de emoção
Um fogo, onde começa a ação
Libertam-se as cores do meu peito
guardadas até então
que como azul das Nuvens, chovem
Um azul ainda jovem
No cinzento elas morrem,

mas do cinzento elas correm.)