Como o vento que sibila ansioso em derramar seu furor
Nos arredores de suas buscas de incessantes desarmonias
Como o Sol que brilha em cada compasso de entusiasmo e calor
Como uma pedra que mesmo parada sufoca sua companhia
Sou rica nos pensamentos e maior nos sentimentos
Atravesso oceanos para te ver e sentir a tua presença
Me jogo no prazer de ser uma constante na vida de alguém
E quando me desperto e fico no atento dos meus momentos
Refaço minhas energias nos clarins de meus sonhos
E me jogo do avesso tentando ver um recomesso
Para enfim deixar que meus motins deixem derramar
Cada suor de meus encantos diante das minhas verdades
E contornando os meus limites de ações indescritíveis
Apego-me em meus sonhos e fico no meu imaginário
Tentando me achar em meus segredos duvidosos
Mas quem disse que sou eu?
Quem falou que era eu?
Quem imaginou quem diz ser eu?
Sou o inverso de meus sonhos
Tenho a paz dos meus prazeres
Busco em cada fantasia vazia
Uma fatia dos meus desejos
Que incabidos nos neus ideais
Deixam marcas de sabedoria
Porém amargas de saudade
Mas doces de tanta felicidade!
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