Das bocas em que ouvi “eu te amo”:
Tantos enganos, tantos absurdos...
E das que me elogiaram tanto:
Ouvi os rancores piores do mundo.
 
Das bocas que me escancaravam sorrisos:
Lindos, precisos e preciosos...
Fecharam-se todas em prejuízos,
Todos falsos, amarelos, mentirosos.
 
Envolvi-me em tantas hipocrisias
Que até mesmo minhas poesias
Sentiram o peso de tais enganos.
 
Não é que eu tenha me tornado frio,
Mais prefiro ouvir o silêncio do vazio
Do que uma mentira frase “eu te amo”!
 
Publicada no livro "BIVERSOS - A união de dois universos poéticos!", de Douglas Mateus e Eduardo Bechi, Editora Nelpa, 2013. ₢ Todos os direitos reservados.