Estou esperando o Trem
Com destino para lugar algum
Em sua trilha infinita
Lotação igual a um
 
Nesse trem não levarei malas
Nem lembranças, nem saudades
Viajando na velocidade da vida
Para trás deixo minhas maldades
 
Pela janela vejo nuvens
Sinto que já não faço parte
Desse mundo cheio de intrigas
Abandono o espírito covarde
 
Entrando na cabine
Vejo de branco o maquinista
Suas mãos têm cicatrizes
Culpa de eu ser egoísta