Deixa-me arder no fogo dos teus olhos
Deixa-me entregar o que de melhor eu tenho
Para ti.
Deixa-me dançar para te envolver em meus mistérios,
Seduzir-te no doce suor dos meus poros,
Prender-te no secreto das minhas teias...
Deixa-me te guiar para que desvende os meus segredos
Escondidos nos jardins da minha alma.
 Deixa-me possuir-te por inteiro
Que eu dar-te-ei tudo o que sou,
O que guardo em mim...
No recôndito do meu ser!
Deixa-me voar nas asas da paixão
E me aninhar no teu colo
E nele adormecer, em plenitude!
Mas só depois da explosão
Dos nossos corpos
E da comunhão das nossas almas
Cúmplices no altar das obscenidades,
E nas bênçãos do sagrado.
Sou um animal selvático
E te espreito...
Quero-te, para mim.
Quero-te, assim...

O que me move, senão paixão? Sem limites. Inconteste!

Salvador, Ba.

Lavínia Andrill
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