Há em mim um constante pensamento sobre ti que eu não venço.

Sei, todavia, que não é saudade, nem amor, é mais como neutralidade.

Não há lágrimas no corpo e nem na alma, não preciso mais de um lenço

E, quem sabe eu já tenha perdido meus resquícios de humanidade.

 

Em ti eu descobri o amor e por que não estavas preparada para recebê-lo,

Fizeste queixas absurdas, mas se não querias, eu não te forçaria...

Eu te amei e vi em ti o real e o sonho fundidos (Mas era o irreal, o pesadelo...).

Eu me recordo de ti sempre, mas com um vazio. E, de fato, a alma está vazia.

 

Mataste o meu sonho sim e eu permiti, sendo cúmplice e também assassino!

Vi tanto paraíso e eras lama, transfigurei uma humana em algo divino

E por este erro acabei levando meus sonhos à escuridão da morte.

 

Não sei dizer se fortaleci ou enfraqueci após esta árdua e dolorosa etapa;

Mas afirmo que meu sonho, hoje, é apagá-la da memória, do mapa...

Ora, que digo? Não mais sonho! Pensarei, mesmo indiferente, cada vez mais forte!