Abracei a brisa fria da madrugada
Passei a mão pelos meus cabelos úmidos
Como se acariciasse os longos cachos dos anjos da minha infância, já tão distante
E esse ato me fez lembrar tanta coisa
Passada, presente, flashes do futuro
Cada uma com as suas dores, felicidades, impertinências
Lembranças, saudades, promessas
O destino que sempre se desvia
Os amores que se perdem no caminho
E nunca ficamos sabendo se estava escrito nas estrelas ou nas areias brancas das praias
Só resta a impressão de que são sempre escorregadios, fugazes
Hoje abraço as brisas da vida, a qualquer hora, vindas de qualquer lugar, com um prazer enorme
Talvez porque a sensação de permanência e infinitude, não estejam presentes nos abraços humanos.
Beraldi
© Todos os direitos reservados
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