Depois da guerra, mesmo sobrevivente, sinto que morri.
Nunca mais verei meus companheiros, estou só.
Nunca mais verei aquela que amei: Ela esvoaça como o pó...
Apenas memórias restaram, de um tempo em que eu ri.
A pior coisa de se estar sozinho é sempre a lembrança.
Luto para não lembrar e é em vão, o pensamento é incontrolável.
Como uma praga invade o cérebro, doença inefável
E que causa dor excruciante, uma dor que atinge toda a esperança...
Por mais que se lute, por mais que com pessoas estejas,
Há sempre aqueles que lá não estão e são sempre os que mais desejas
Que estivessem, para alentar e entender teu coração...
Mas eles não voltam e é preciso, por mais duro que seja, sobreviver.
Há ainda muito a se experimentar antes que venhas a morrer...
Há sempre companhia e há sempre, apesar disto, imensa solidão...
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