Avalanche
 
Cidades que ficam na rota de confluência,
De convergência,
Das gotículas de águas,
E ar frio e quente,
Produzidas pela evaporação das águas oceânicas,
E das matas e veredas da região amazônica,
Que é o nosso pulmão;
 
Pela destruição do verde que cobre os morros e as encostas,
Com cortes nos paredões,
O Morro se sente nu,
 
Cai a chuva,
Começa a infiltração,
Em poucas horas a água revira o chão,
É o início da avalanche,
Que arrasta tudo sem distinção;
 
Esta não faz separação de cor ou capital,
Nível social,
Todos pagam o preço,
Pela ocupação ilegal,
 
Quem está no morro,
Ou ao lado do leito,
Meio de escoamento,
Deste evento da natureza,
Que chega um dia com certeza,
Arrastando a casa,
Com tudo que tem na mesa;
 
 

João Marques JM
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