Companheiro sou carente/ venho lá dum pé de serra/ deixei a mulher doente/ alimentada de água e terra.

Quero apenas um pé de chão/ armar um barraco me abrigar/ poder plantar milho e feijão/ prá minha familia alimentar.

Não quero briga não senhor/ quero prá esse caso a solução/ sei que a terra é do doutor/ mas cabe ao governo a solução.

Nesse chão deixa eu plantar/ ele é fértil tem muito valor/ mas só haverá de prosperar/ na mão de um trabalhador.

 

Haroldo Guilherme Josuá de Medeiros
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