O QUERER NÃO É PODER!

O QUERER  NÃO É PODER!

A flor dos meus dias murchou,
O que me resta é só saudade
A juventude se foi e me machucou
Vivo eu agora outra realidade.
 
O tempo me viu passar rumo ao futuro
Para cumprir o meu destino,
Não tinha eu experiência era imaturo
E via o meu ontem com o olhar de menino.
 
Agora que ganhei vivência
E perdi o viço da juventude,
Pergunto-me; tem pertinência,
Só agora eu ter esta virtude?
 
Tenho a carne, mas faltam-me os dentes,
Que adianta ter o vinho se não posso beber
No meu hoje as coisas já não são condizentes,
Pois na vida é assim, o querer não é poder.

Chegar á velhice por muitos é considerado uma vitória. Eu não vejo assim, porquê vitória se a morte é impoderável! Versar sobre este tema lugrube não há de se esperar aplausos, pois em muitos causa fremitos. Porém falar do inevitável é aceitar a realidade e a única e indiscutível verdade.

Em manhã chuvosa e fria.