Quando os ipês frorirem em branco,

senta no velho banco descança...

logo irei ao seu encontro.

Não olhe no meus olhos intristecidos, olhe no meu peito envelhecido

e verás profundas cicatrizes, que as vezes sangram dói.

A menina que fui um dia, ficou só na noite vazia desprovida de fé e do riso.

Minha companheira hoje, é a solidão

a longa espera virou poeira de ilusão.

O outono chegou depressa no meu caléndario,apagou o cenário de lindas tardes de verão.

Que foram morar em outras paragens, só restou o desenho da face das magóas

em perfeita tatuagem, impossível, de serem apagadas.

Cristiane Coradi.

cris coradi
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