Se de uma lágrima, não me rasgue
de uma lava, eu te dou um abrigo
as lavas de quente que tercem meu corpo
reluzem chegantes ao teu habitar
se de pronto um abraço cativo, presquito
surgem da boca um leve cantar
os grãos que se elevam na terra frutifera
são pratos tão fartos ao meu paladar
se de tela e muros a vida, a (ha) arte
as flores o fogo insistem brilhar
se de criança não sou tão seguro
de barba e crisalho eu juro já não sei me encontrar
de justo te pesso socorro,
eu já reli o neruda
e agora no tumulo
pintei sobre tons as minhas
mil façes,
minha vida eu te juro assim insegura,
não sei recontar.
Boca da Mata
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