Suor que salga meu corpo, mas não alivia minha alma de um desespero de mais um pesadelo recorrente de meu passado que insiste em me assombrar. Frutas caem esmagadas pela gravidade, podre.
Em meu rosto desce a lagrima de uma tristeza de anos. E se eu fizer o bem, eu irei para o céu? Eu continuarei sendo um grão seco de arroz que queima em oleo sagrado? Quebrarei em pedaços bem pequenos as melhores partes de mim a fim de não expor nenhuma esperança possível?
Encostado em uma janela aberta, meus olhos pensam no significado da luz que clareava tudo lá fora, eles não compreendem, mas meu coração conhece o significado do abraço de minha amada que assustada com meu repentino acordar vem em minha diração. Eu sou mais uma vez menino nos braços dela. Comos olhos fixos em algo bem distante dali. Sobrancelhas arqueadas de uma face estática e pensativa, que teme que o passado seja um inimigo para seu futuro.
Todos os instrumentos que cortam pulsos atirados abismo abaixo.
Valdez Freitas
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