Como   um    príncipe   que   Machiavelli     criou   e   fez

investi  com   malvadezas   em  ti.  Como  um  beija-flor

que  sorve   ardente   a  seiva,   e  como   um  selvagem  lobo   

 faminto,  reservei-te    somente   pra  minha  avidez

 

Confundi   teus  olhos  com  essa  cor de  mar  e  afundei

em  teus cabelos  como  em  ondas,   num  mergulho   ao

fundo,   não   querendo   que  houvesse   um    fim   pro    fim

Encanto   pleno   pro    doce  dos    fumegantes   contatos 

 

Em  ti   me  resplandeci,  em  cada grau  do  teu   ser

do  adro  a  cumeeira.  Construí   palácios,  templos

altares   a  te  eleger  entidade.  Rodopiei em  torno  de  ti

já   voltando  do   penúltimo   para   o   último   orgasmo

 

Caio  aos  teus  pés   sabendo  que cerca de ti  não  me

domo,  tomba   a   alada   hora,   fez-se  de   morta   na

precisa    ruptura.  Coração    diminuído;   teme   e  tem

raiva.   Na   implosão  da  carne  viva  que não  resiste . . .

                              [ exige  em  súplica,   supliciada  !!!!

 

 

 

 

      

 

versejando ( ao estilo de Pessoa )
© Todos os direitos reservados