Quanto o amor acontece,
Ardente destila queimante, pulsante.
Fervescente, fio de gelo
Na teia da vida da gente.
O amor primitivo, devora
Destila angustias faz e abre
Feridas que não cicatrizam
A alma, a casa, o violão.
Quando o amor acontece
Teima por ser transgressor,
Nascer e floresce, por onde não
Há sementes.
Ele explode em terra bruta, seca
Germina intrigante
Chega e dilacera famílias
Faz as lágrimas de mortes
O amor é errante, por ele e com ele
Não há linha reta,
Apenas o começo, começo do fim.

Boca da Mata
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