TERNURA ENGANADA - POETA GAUCHO

 

 
TERNURA ENGANADA!
Depois de tanta ternura,
Veio o silêncio.
O mortal silêncio que silencia até a alma,
Com a perversidade de fazer o que quer fazer,
Não importando com quem seja,
O importante é fazer comigo e,
Com mais ninguém.
O silêncio deixou de ser silêncio,
Se transformando em palavras tensas, pesadas,
Que nem as palavras amadas, trocadas entre a sensibilidade
Deixou um coração próximo à eternidade,
Depois de tantas cicatrizes que até hoje permanecem
Num mundo que pensei ser emocionante,
Mas o engano enganou o enganado,
Deixando-o lesionado pelas emoções negadas
Pelas forças da insensibilidade de palavras vãs,
Seguras de si,
Perto de si,
Dentro de si.
Num outro mundo enganado, enganado por si mesmo,
Até a eternidade chegar.
MARIO LUCIO, POETA, CRONISTA, ESCRITOR.

 

Poeta Gaucho
© Todos os direitos reservados