Enquanto o sol desliza pela aurora,
Num céu de linhos finos e rosados,
Com seus detalhes de astros bordados
Vem me dizer - Já é chegada a hora!

Na alegria ouço alguém que chora.
Nas flores, sons de um canto decorado
Das estações, em côros ensaiados,
Anunciando o ressurgir das formas...

E vem o dia, o fim da inspiração,
Levando as franjas do lençol bordado
Que me encobria num esconde-esconde.

Já me disseram - Aproveite o dia!
- Mas o poeta tem na noite fria
A ampliação do próprio horizonte...