Ela fala das mudanças de opinião, dos planos pro futuro próximo, eu em meu casulo.

Ama torturar-me com palavras e despertar meus instintos certeiros

E eu, pobre mortal apaixonado, caio como bobo na armadilha pré armada

Sempre acerto! Minha frase de impacto, meu castigo eterno.

Simples olhares e traço o perfil. Acertei o pequeno defeito insanável!

Conhecimento-empírico-não-saudável, sensibilidade a flor da pele

Nossas conversas diárias, seus planos insensatos e a falta de sociabilidade

Tempo, senhor da razão, mestre-guia, muda o vento e desfaz as palavras.

"Algo mais sério". Inimaginável tal concepção. Sorrio em disfarce.

Tentei reaproximar-me e cometi o erro fatal.

Nossa distância perfeita, nossos encontros em sintonia, meus olhos em choque...

Tolo, imagens falsas que me enganam. Truque e sombras. Eu sempre acerto!

E nesse insterstício sacrifico a alma. Aguento a espera?

A razão em minha mente insiste que não. A dor é dilacerante.

Talvez eu suma, apague o telefone, delete os contatos, desapareça e esqueça seu nome.

Quem sabe espero e insisto no masoquismo...

Falta pouco pro futuro definir meus traços, prefiro arriscar o pescoço ou prende-me no infinito

Eu odeio sua mentira! Acerto quando acontece. Conheço as pessoas sem conhecê-las.

E me destruo dando nova chance.

Já pensei em lhe largar, meu vício!

Já tentei te largar, meu vício!

Já joguei em lhe largar, meu vício!

Trate-me bem, sou seu!

É minha, meu pulsar, meu sonhar, fechar de olhos e flutuar.

É minha, meu suspiro, meu meio sorriso, a timidez, meu delírio.

Infinito céu que recobre meu mundo, acredito que já me faz mal.

Solidão que atinge a garganta, seca a boca!

Amarga solidão que me assola, suma de mim!

Deixe-me em paz, voe além-mar e me traga a felicidade, já há tempos procuro encontrá-la.

Leo Augusto
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