Se me olhas, não te olho...
Tenho medo do passado tão presente
Quando, mesmo comigo,
Parecia estar de mim, tão ausente.
Quando falas, eu me calo...
Mesmo que seja, "te amo loucamente"
Pois sei que guardas na bolsa
Um vento forte e veemente.
Se me beijas, não te beijo...
Mesmo que o beijo seja doce como o mel
Pode ser que, no separar dos nossos lábios
Eu sinta o áspero sabor de fel
Se me abraças, não te abraço...
Mesmo que seja um aperto ofegante
Pode ser que depois do forte abraço
Eu te veja, de mim, tão distante.
Existem momentos em que a pessoa amada desiste de amar, por se tornar rotineiro, porém quando sente a falta, a saudade aperta, busca de todas as formas um método para retornar ao passado.
Aí, se convém, aprecie, mas se teve um passado de tempestades e conflitos amorosos, então...São José dos Campos, 02/10/2010
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não crie obras derivadas dele