Não há silêncio suficiente que transmude
A existência efêmera que se perde
Entre as correntes submersas
Os pés que se enroscam nas plantas no fundo
O ar que se esvai dos pulmões aos poucos
As algas que invadem o corpo rapidamente
Segue a mente, segue o intuito
Perca o sol da mente, sem luz ou dia
A alma segue o alvorescer pertubado
Fortalecendo as raízes que entremeiam
E dilaceram o coração já nos estertores
A criança ri o riso solto, inocente
Corre pela floresta sem perceber
Que é uma caça certa, fresca
Não durma, não durma, sussurro
Mas ela não me escuta
As raízes já lhe envolvem o corpo
Débeis tentativas de fugas
A teia se fecha, se enrosca
Miriam Azevedo Hernandez Perez
© Todos os direitos reservados
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