Alienação poética

Em teu horizonte o sol não se põe
Nasce deixando marcas complexas
Em noites de abrupta solidão

O coração estrênuo sente a indiferença
Nas palavras vãs, tão quão ásperas
Sente estremece teu corpo sem razão

Chorando a fé que pregou à noite
Venera o sol da tua hipocrisia
Vazão de estirpe da verdade

Condeno-te, estupor da maldade
Alheio está como teu algoz
Um alienado das palavras

Tem consolo na nova plantação
Colheita para a humanidade
Nascimento da futura geração.

Lucélia Lima
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