O Silêncio Da Razão

Tento esquecer, para no futuro não sofrer
Acreditei nas palavras que enchia o coração
Sonhos e desejos pulsavam em te querer
Sem saber o porquê, eu sentia atração
 
Na corrida do tempo, quando me fiz perceber
Os braços que acariciam, prendem-me a ilusão
De ser ímpar, de estar em ti, e amar pra viver
Quando o doce beijo amarga a nossa paixão.
 
No encontro dos olhos, vivíamos a conquista
Um segredo escondido, desnudado na manhã
Pelo sol que se pôs, quando ao corpo banha
 
As mãos da utopia, de enxergar o que à vista
Corrói-me devagar, quando a dor me acompanha
Na razão que se faz muda, ao perigo que me assanha   
 

Murilo Celani Servo
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