Vadias

 

Vadias nas ruas em seus leões brancos, suas peles de cabra abatida e entre eles a escuridão.
Submundo, de sangue e clamor.
Esse mundo a morte não pede dor.
Corredores chineses formam uma nuvem em estradas vazias, ela escondeu o amor para viver, ele prefere morrer a sentir.
Colisão de almas mortas em terra podre, tudo pode ser ao olhos dos que tem poder.
E a vida?
fraca vida. Roubada, assaltada, xingada, estuprada. Por onde anda a vida? Que vida?
O sangue ficou preto em uma cama cheia de carne, falta quem dê vida, falta quem prese, quem reze, quem ore pala vida.
O cheiro morto, o gosto frio, o medo sem solução, desespero, e a morte é a única esperança para viver sem dor.
A dor, essa enorme féra que dos dilata todos os dias, por dentro e fora, dilacera tudo ao redor.
E a cura? por onde andas essa mistura gostosa que nunca foi provada? A cura para todos os designios da falta que nos cerra, nos mela...
Onde posso buscar a cura?
No amor? Talvéz. Na paz? Qual?
Vadias nas ruas montadas em seus leões brancos atrás do lixo verde.
Vadias nas ruas.
Montem, montem e domine os seus leões, brancos.
Dominem, e atravesse o medo.
Onde esconderam o nosso sossego?
Quero poder amar sem desespero.
Sem medo do tempo, sem culpa das ilhas que nos cercam.
Essa vadia está nos tirando tudo. Não permita o engano,o abandono.
Montem na vadia, e ensinem a ela o caminho que queremos.

 

DÊem a ordem a esses politicos de merda, que montam em cima das multidões.
dominem-os.
onde está o banquete que nos prometeram?
Os empregos, a saúde, a paz.... quero poder sair em segurança, voltar em segurança, amar sem medo da velhice.

Com amor a todos que lêrem. Não peça paz. Faça paz.

no senai.