Objetos...matéria morta...

Sem uso...em parafuso...

Fuso o horário...

Em calendário...em desuso...

Béns...

Não te chamo de meu bem.

Sou livre das verdinhas...

Coloridinhas...

Em qualquer bandeirinha...

O diminutivo não te convém...

Minha indiferença...voçê tem...

Prefiro o nada...

Ser livre nessa estrada...

Escrevendo sem paradigmas...

Sem bom senso...

Em enigmas...

Me expresso em liberdade...

Sem rótulos...

Minha verdade...

Nua...não sua...

Poesia...poema...prosa...música...

Dé o nome que quiser...

Não sei que tipo é...

Me julgue...

Se te convinher...

Meu português é errado mesmo...

Sou gulosa...engulo letras...

Satizfaço minha fome de expressão...

De ilusão...

Consumindo...e sendo consumida...

Pelas palavras...

Num orgasmo múltiplo...

De versos desconexos...

O conveniente...é incoveniente

Meu tempo tem a velocidade da luz...

Sou atemporal.

Gozo o agora...

O amanhã talvez...???

Demora...

Sou louca...

Grito...fico rouca.

Nua escrevo...

Palavras nuas...cruas...

Vertendo sangue...

Do meu inconsciente...

Tão consciente...

Quanto inocente...

Iatamyra Rocha

Poema publicado por mim Iatamyra Rocha no blog Carpe Diem da rede social myspace e no blog Efêmero em 06/04/2010

Natal/Rn/Brasil

Iatamyra Rocha
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