Espécie de carinho quer que
eu me sinta,
Incorruptível sensação que
Me aniquila a visão do pós acontecimento
 
 
Haja talvez em um objeto desnecessário uma
Razão maior da qual lhe mantém,
Foi o que não veio que me marcou
Periodicamente ,
 
 
Talvez os dias não fossem
tão indecisos (subjetivos)
Na margem plana da subjeção,
As horas tão monótonas das quais
 
 
Sempre lhe motivaram a uma nova
rotina, nova, ainda sim monótona,
O vento gelado da chuva química, não me gela mais,
pois estou a sentir-lhe só que com o seu antônimo,
 
 
Abstenção de objetivos que me desmotiva,
Mas isto não se plorifera, (mantenho-me um pouco equilibrado)
“Uma noticia me choca,
Algo de incabível e inesperado, acontece,”
 
 
Que ser humano está protegido da morte?
Volto a pensar: “que pensamento infame” !
Se a vida se declara em segundos consecutivos
Morrerão os velhos para que vivam os novos,
 
 
A vida se sucede em obvia concepção,
E a lei do mundo se presume em utopia,
o sentido dele também,
Os nautas destas existências involuntárias, cedem, rompem,
 
 
A lua marcará o momento de descanso
para uma nova insana guerra diária,
A luta pela vida que já é de posse própria
se intensificará,
 
 
E quando olhar para o céu não verás,
Quando olhar para frente não verás,voraz, feroz,
Não verás o que te completa, o que te sucedes
No primeiro vacilo de incompetência ou de morte
 
 
Mas não vá chorar no ultimo suspiro
de vida, te contemple com total integridade,
não se suje com está
clara, permanente alucinação externa !
 
 
 
 
                               Leovictor Lanorce (06/10/009)