Faltam palavras, falta a paixão
Tudo falta, menos a fria razão
Com os pés descalços sobre um piso
de mármore, caminho.
Pedra preta e molhada, gélida e calada
Coração leve ao choro, aberto ao vento
Frio dos pés à cabeça, cinza aos olhos,
Mente às lágrimas
Coração que sopra a centelha, em vão.
Que morre aos gritos, em meu peito.
Que aperta as veias, em prantos
Sofre e sonha os últimos momentos.
Pedra preta, mármore da estupidez
Que em meu peito deita
Triste e frio, que a emoção desfez
Chuva fina em meu corpo nu
Mármore preto onde adormeço
Sonho arrancado de uma vida
Choro amargo, alegria esquecida
Pedra molhada, mármore preto...vida comprimida
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