Armas

 
Uma arma não se sabe
De onde ela veio
Mas chegou aqui
Um estampido na noite
Um grito
A carne dilacerada
Alguém deixando de existir
Alguém vai chorar por ele
A que ponto  chegamos?
Que herança  estamos deixando
Para nossos filhos e netos?
E o amor, a solidariedade
Somente nos momentos de tragédia?
Onde erramos ?
O que  faltou ?
Mais pai nosso e ave maria?
Ou esquecemos de ensinar respeito?
Ou muitos com muito, e muitos
Com quase nada?
Abrimos a porta para as drogas
Fomos  derrotados
Nem o CREDO vai expurgar nossos pecados
Nossa valentia venceu
A lei do não desaforo
Nos deixou órfãos
A cada momento te acho mais
Linda
Cada dia mais
Adoro ver meus olhos teimarem
Em te seguir pela nossa casa
Dentro desse ridículo mundo violento
Você é minha paz
Eu me deixo amar você
Te amo moça
Hoje e sempre