O VERDADEIRO NOME DA TERRA

                 
 
 
 
 
Semeamos o semear infausto:
O auspício ---- ao contemplar o nosso rosto ----
Delibera passar ao largo;
E a nossa colheita
Desembarca no porto dos ares
Da pátria do calvário.
 
 
Quem dera detivéssemo-nos nas mãos
A chave que abre a porta do alto grau do discernimento...
Porque assim compeliríamos
Os atrozes estupradores do  mundo
A se envergar ante os nossos sonhos e
A se render á luminosa sofreguidão
Dos velozes corcéis dos nossos ideais-intentos magnânimos.
 
 
Ah, tudo poderia ser tão feérico e simples
Como é o claro lume pratino
Que emana a lua
Numa lindamente prosaica
Atmosfera noturna.
 
 
E a roda-viva do mundo a girar.
E o palhaço sádico a gargalhar.
E o terror a prosperar.
E o sentido da vida soturno a ficar.
E o crepúsculo se aproxima,
Munido de velocidade ímpar.
E o povo, apesar de tolhido pelo sofrimento ou tiranias,
Contempla o sol da esperança ainda a cara a lhe iluminar.
 
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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