Eu li...
Nas entrelinhas
De seus gestos...
Em retas curvilíneas
Do teu rosto...
Meu fracasso.

Eu vi...
Versos sendo escritos,
Poemas virando detritos,
Um a um sendo destruídos,
E no triste fim...
Sobraram apenas estilhaços.

Eu senti...
O frio da noite mais solitária
Enquanto minha voz era abafada,
Quando retomava forças, novamente era
Bruscamente calada...
Emudeci-me em cansaço.

Renasci!
Fiz do fracasso meu lema de empenho,
De alguns estilhaços cicatrizes inesquecíveis,
Do cansaço o descanso para meu bradar,
E com esse bradar uma vez mais...
Essa solidão eu rechaço.