Eu choro por mim...Choro por ti...
E por todos nos...
Eu clamo miséricordia pela morte...
Porque a vida é coisa de sorte.
Lamento as lágrimas de dor dos inocentes,
Que penam sem amor, descente...
Seu abrigo é o relento... E o seu fim!
Sangrento.
Quanto mal!! Quanta desigualdade.
Estou de mão atadas... É o Apocalipse,
Generalizado... Crueldade desvairada,
Completo caus.
Senhor! Dai-me forças para ver tanta dor...
injustiças sem  conhecimento de causa,
Eles só querem viver apenas... E nada vale a pena.
Valetas! Vias, Ruelas... Palácios, manzoléus e favelas!
Fogos de artifícios! Comemorações!Tiros certeiros,
Em meio aos trovões.
Vinhos derramam sem medida... Em outra mesa!
Sem comida.
A sorte violentada! uns morrem de dor, e outros por amor.
Amor! A si! por si! Somente...
E eu ! Crente... Somente crente...

Hynes Margarida de Oliveira
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