PLEONASMO DO POEMA-POESIA

                   
 
 
 
O Poema é uma centelha
Concomitantemente
Conclamada e errática.
 
 
O Poema  é a equação
Que habita o cérebro
Da nossa dualidade:
Pavimenta a alameda da emoção e da racionalidade.
 
 
O Poema é uma enigmática areia movediça:
Rebenta prenhe ou órfão de um intento
E trilha vias do alcácer das viroses dos abstratos, concretos tormentos
(sejam os frívolos dissabores, seja a dantesca
luminescência da bruma do quase aniquilamento),  
Antes de se transmudar em monumento
Á Lógica, ao tornado dos vulcânicos sentimentos
Ou ao maremoto dos libertários devaneios. 
 
 
O Poema é a aquarela
De um premeditado
Ou inesperado Estalo:
 
 
Nasce no córtex,
Navegando pelo
Oceano de teias e correntes da mente
 
 
Para, em seguida, desaguar sobre
O espaço vazio como palavra:
Quer Verso insalubre, amarelo, hospitalar, alegria flagelada;
Quer jucunda ventania, Poesia em estado de Graça! 
 
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
 
 

 

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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