As sombras pairam sobre o trigal

Os olhos da imagem contemplam o eterno

Enobrece o rosto desnudando o corpo

Encerra o milagre sobre o mão dormente

Olhar inerte ante um tênue afago

O galho encurvado revela a grandesa da humilde flôr

Nas ruas, o fragor do medo

Cântaros vazios,pétala solitária beijando o vento

Envelhecer dormindo no clarear da terra

Vencer a morte, morar em tuas lembranças

Chamas que teu sopro espalha

Pássaro alado no despertar da vida

Não foi por mim sublimar

O que de tão sublime ultrapassou a alma do ser

A brisa cálida obcurece o tempo

Insonias da minha infancia que tarde demais se desfez.

 

 

Roberto D'ara
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