Doei

 
Doei meu ser em prol do amor.
Meu coração batia e regava a flor.
O peito aquecido esbanjava calor.
Num instante a vida era o esplendor.
 
Doei meus olhos para olhar-te nua.
Insinuava o desejo pela carne tua.
A minha pele que requere a sua.
Não se entrega a qualquer uma.
 
Doei meus beijos para os seus lábios.
Unindo as línguas em um só ser.
Girando os corpos nos jardins floridos.
Tornou-me o dono do próprio prazer.
 
Doei meus braços para os seus abraços.
A cada aperto eu fechava os olhos.
Imaginando o encontro da lua e o sol.
Para presenciar nosso amor maior.
 
Doei meu ser a favor do amor...

Bom é permitir a chegada do amor...
Obs: A palavra língua está respeitando as novas regras de ortografia.

São Paulo, 14 de maio de 2009.

Carlos Eduardo Fajardo
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