Subo, e no alto azul do céu gracejo,
e carinhosamente canto uma canção singela.
Que desperta flor mulher, tão bela,
no meu corpo um ardente desejo.
 
Observo calado esse meu sentimento,
que desperta, taro, indiscreto obsceno.
Sabendo que é esse, o opróbrio mais horrendo,
que te ofereço a todo momento.
 
Oh Deus quanto calor ha dentro de mim,
e é ele todo em amor, que quero te dar.
Ninguém jamais conseguira guardar,
amor tão grande assim.
 
Mas se foi meu destino ficar só,
e enlouquecido ao te desejar em vão.
Pesso a Deus que pare meu coração,
e por piedade me devolva ao pó.
 
quem sabe ali junto aos vermes, a me corroer,
por companhia os sinta e então,
teria enfim, nas minhas tremulas mãos,
a chave da vida,pra de paixão não morrer.

Sartorato
© Todos os direitos reservados