A canção antiga que não veio

Nas horas tristes da tarde

Adormeceu em teus olhos

 

A canção antiga que amei

Será, inquieta, entregue ao vento,

Uma bandeira a tremular na noite

 

Um dia, para além de qualquer porto ou pátria,

Para além de todos os muros, grades

E fronteiras, os povos cantarão um só hino.

 

A canção que tarda

Arderá outra vez

Nos braços da alvorada...

 

E não será saudade

Porque nossas mãos e as falanges cansadas do crepúsculo

Tecerão unidas outras manhãs.

 

 

Sergio Leandro
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