Não soubera divisar


 

Se insanidade ou lucidez.


 

Teria sido sufocado sonho adulto


 

Encerrado numa criança


 

Ou pueril desejo


 

Dum ser envelhecido?


 

Se escrito do interior de um sanatório,


 

Ou, racionalmente, de sua mesa usual de sentimentos?


 

Consciência tinha apenas do imenso amor


 

Que por ela sentira!


 

Mas que sequer viveu ou jamais externar pôde.


 

Não por faltar-lhe coragem.


 

Mas por, cruel e sadicamente,


 

Aquele terno coração que tanto buscara


 

Antes por outro ter sido ocupado.

Poeta cibernético
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