Palavra-passe

Chegas cansada de onde já estás?
Os teus versos falados não medem meus ouvidos.
Os dias passam e o momento não avança.
O sentimento eloquente é vontade de se entregar,
Com gosto de desejo por cada beijo continuar.
Chegas em casa com sujeito e predicado.
Mas são apenas os verbos que permito ouvir,
Interpretando e intercalando ao desfrutar.
Não existe a conjugação dos nossos artigos,
Mesmo que eu seja o teu pronome possessivo, não sou indefinido.
O sentimento de definir o impossível,
Nas circunstâncias mais prováveis,
Desabona o lirismo dos teus olhos e dos meus…
Por que não me beijaste antes sem tanta gramática?
Por que não escalaste sobre meu corpo febril,
Com ciúmes inofensivos no molhado das minhas ilusões?
Por que não trouxeste as palavras atiradas ao vento, ao léu,
Para o meu alento ao som das tuas suspiradas vogais?
São demasiadas perguntas com e sem porquê.
Confuso? Queixar-me-ei jamais.

 

 

 

Chegas cansada de onde já estás?
Os teus versos falados não medem meus ouvidos.
Os dias passam e o momento não avança.
O sentimento eloquente é vontade de se entregar,


Com gosto de desejo por cada beijo continuar.
Chegas em casa com sujeito e predicado.
Mas são apenas os verbos que permito ouvir,
Interpretando e intercalando ao desfrutar.

Não existe a conjugação dos nossos artigos,
Mesmo que eu seja o teu pronome possessivo, não sou indefinido.
O sentimento de definir o impossível,
Nas circunstâncias mais prováveis,
Desabona o lirismo dos teus olhos e dos meus…


Por que não me beijaste antes sem tanta gramática?
Por que não escalaste sobre meu corpo febril,
com ciúmes inofensivos no molhado das minhas ilusões?
Por que não trouxeste as palavras atiradas ao vento, ao léu,
Para o meu alento ao som das tuas suspiradas vogais?


(São demasiadas perguntas com e sem o porquê.
Confuso? Queixar-me-ei jamais.)

 

Estocolmo, Suécia

Carl Dahre
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