Lanterna branca, de emoções que virgens, proêmio de fantasias!
Namorar-te o esplendor, oferecer-te em amor, precoce entrega.
Hipnótico olhar me lança, envolvente esperança, tênue, cega.
De plenitude e solidão, divisa, greta de paixão, me extasias!
Vem ocaso, vem, não por acaso, abater a derradeira luz do dia.
Vem, novamente anuncia, à boca da noite, a prima-dona chega!
Sem acomodar, tinge céu e mar, acelere sua passada trôpega.
Em lírico troar, dá-me do peito libertar, meu amor em sinfonia!
O ventre das nuvens te esconde, tua regra, teu sombrio aderno.
Olhar tristonho, candeias acende, lamenta, sua luz não tem.
Em crescente, debruo, porém, as janelas, pra te esperar em festa.
Ei-la, fulgindo mais que todos brilhantes que seu véu contem!
Palmeando o altar marinho, sereia prateada, meu olhar incesta.
Meu amor é teu, o primeiro; toma, por derradeiro, meu amor eterno!
Manito O Nato
Em 02/10/2008
Lembraças do luar na infancia
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